Livro de Marilyn Strathern é publicado no Brasil

A Editora Terceiro Nome, em parceria com o LabNAU, recentemente lançou mais uma obra: trata-se do livro “Fora de contexto: as ficções persuasivas da Antropologia”, de autoria de Marilyn Strathern.

O livro conta com os comentários de M. R. Crick, Richard Fardon, Elvin Hatch, I. C. Jarvie, Rik Pinxten, Paul Rabinow, Elizabeth Tonkin, Stephen A. Tyler e George E. Marcus.

 

 

Coleção Antropologia Hoje

Parceria da Terceiro Nome e do NAU-USP para a divulgação de trabalhos, ensaios e resultados de pesquisas etnográficas na área da antropologia voltados à dinâmica cultural e aos processos sociais contemporâneos, a Coleção Antropologia Hoje já conta com 17 títulos, de pesquisadores brasileiros e estrangeiros

 


Fora de contexto: as ficções persuasivas da Antropologia

Marilyn Strathern

 

Considerada uma das mais importantes e criativas antropólogas em atividade no mundo, Marilyn Strathern aborda em seus estudos temas tão distintos quanto as questões de gênero e de parentesco, as tecnologias reprodutivas e a propriedade intelectual, entre muitos outros. Embora seja referência nos principais centros de pós-graduação em Antropologia em todo o mundo, no Brasil ainda é muito pouco traduzida e, em português, apenas um livro de sua autoria foi publicado, pela editora da Unicamp, e está esgotado.

 

Neste ensaio, originalmente apresentado na aclamada Palestra Frazer de 1986, na Universidade de Liverpool, Inglaterra, Marilyn Strathern questiona o pós-modernismo na Antropologia. Escrito num momento de auge da tendência e fazendo jus ao debate travado naquela ocasião, o texto da antropóloga e os comentários que recebeu se convertem hoje numa leitura obrigatória para aqueles que desejam refletir sobre os rumos tomados pela disciplina desde então. Aparece aqui uma série de questões que permanecem atuais, vistas sob o prisma de concordâncias e divergências entre Strathern e outros teóricos de renome, partidários ou não do pós-modernismo.

 

A obra analisa duas rupturas fundantes na história da disciplina – de Frazer a Malinowski e do modernismo aos pós-modernos. A partir delas, a autora discute o papel da escrita antropológica na construção dos contextos de sua autolegitimação. Trata-se de uma reflexão profunda, precedida por um prefácio original da autora, produzido especialmente para esta edição.

 

À luz das distâncias conceituais que separam Frazer e Malinowski e modernos de pós-modernos, Strathern introduz um debate sobre os sentidos de história da disciplina. Segundo a autora, cada geração cria seu próprio sentido de história e, portanto, suas rupturas.

 

Enquanto discute a construção da história da disciplina a partir da escrita antropológica, Fora de contexto também analisa as próprias limitações da escrita e sua raiz etnocêntrica – seja com relação ao próprio passado da disciplina ou às suas práticas no presente.

 

Tradução: Tatiana Lotierzo e Luis Felipe Kojima Hirano

 

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