Na quarta-feira dia de 12 de dezembro, no curso "Práticas Culturais no Contexto Urbano - da aldeia à metrópole", ministrada pelo professor José Guilherme Magnani, no Departamento de Antropologia Social da USP, contamos com a participação de Priscila Pamela, uma das coordenadoras da ocupação 9 de Julho protagonizada pelo Movimento dos Sem-Teto do Centro. Foi uma oportunidade dos estudantes de graduação terem contato com esta forma de ocupação urbana na cidade de São Paulo, que denuncia um grave problema das metrópoles no mundo: o déficit de moradia. Somente na cidade de São Paulo há um o déficit de cerca de 230 mil moradias. Priscila afirma que a luta por moradia digna é um "direto constitucional de todo o cidadão" e o movimento proporciona um resgate à cidadania. A ocupação fica localizada no centro, inicialmente era vista pelos vizinhos como "invasores" do prédio público do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) fechado cerca de trinta anos "sem nenhuma utilidade social", diz Priscila falando que agora a ocupação 9 de Julho é bem vista pela vizinhança porque a violência no entorno diminuiu e a ocupação "virou polo cultural".
