Pesquisa: Videogame é droga? Controvérsias em torno da dependência de jogos eletrônicos
O esforço a ser empreendido nesta pesquisa será mapear as práticas dos diversos agentes em torno da questão da dependência de videogames, investigando a maneira pela qual a retórica da dependência de drogas atua na regulação social do uso de jogos eletrônicos. Neste sentido, será mapeada a variada semântica das noções, categorias ou conceitos de dependência e de vício, tais como enunciadas e praticadas pelos variados sujeitos envolvidos na controvérsia: os próprios jogadores (em seus múltiplos ambientes de jogo, como casa, escola ou trabalho), pais ou pessoas próximas a estes jogadores, profissionais da indústria de games, cientistas de diversas áreas (psiquiatria, psicoterapia, pedagogia, ludologia), políticos, leis e notícias. Por meio da análise das práticas e dos discursos dos atores, articulando as dimensões do chamado mundo “real” e dos mundos “virtuais”, sem, entretanto, cair numa dicotomia assimétrica entre o verdadeiro e o falso, pretende-se compreender os significados de suas relações com os videogames.
Palavras-chave: Videogames; Dependência; Virtualidade; Teoria do ator rede
Instituição: Universidade de São Paulo (USP)
Vínculo: Mestrando (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP - PPGAS)
Bolsista FAPESP