Pesquisa: O direito e a fabricação de pessoas e coisas
O privilégio analítico conferido tradicionalmente às modalidades de construção da pessoa tende a reafirmar implicitamente uma fronteira naturalizada e, portanto, não problemática, entre pessoas e coisas, seres humanos e não-humanos. Uma melhor compreensão das técnicas jurídicas de personificação (e de reificação) parece exigir, ao contrário, que essa divisão não seja assumida como uma premissa, cuja consequência imediata é restringir a análise à busca de expressões particulares de uma fronteira cuja existência e implicações não são questionadas. Com esse ponto de partida, o objetivo deste projeto é investigar formas de constituição e distinção de pessoas e coisas em diferentes contextos e tradições jurídicas.
Palavras-chave: Direito; Estado; Política; Administração Pública; Políticas Públicas
Instituição: Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Vínculo: Professora do Departamento de Antropologia - UFPR